sexta-feira, 26 de março de 2010

MOSTRA RUI LIMEIRA ROSAL DE TEATRO 2010

A Mostra Rui Limeira Rosal de Teatro tem o objetivo de incentivar a produção artística local na área de teatro, mantendo uma pauta permanente de um mês, no período de 09/04 a 02/05/2010, sempre as sextas, sábados e domingos. A mostra contará com a participação de 12 grupos da cidade que receberão um cachê, bem como um percentual da bilheteria nos seus respectivos dias de apresentação. Essa iniciativa busca valorizar a produção artística local e ao mesmo tempo apresentar as novas instalações do Teatro Rui Limeira Rosal, espaço totalmente reformado, capaz de atender as necessidades técnicas dos espetáculos, com um preço de pauta acessível e oferecer conforto ao público em geral que se deslocar para conferir as programações culturais do Sesc Caruaru.

Alex Deplex – Assistente de Cultura Local



PROGRAMAÇÃO


09/04 sexta-feira – AMOR EM TEMPO DE SERVIDÃO – 20h
Categoria / Espetáculo Adulto
Parangolé Produções Culturais
Texto/ Demóstenes Félix
Direção/Gabriel Sá
Classificação etária / 16 anos

10/04 sábado – A METAMORFOSE – 20h
Categoria / Espetáculo Adulto
Núcleo de Pesquisa - TEA
Texto/Franz Kafka
Direção/Fábio Pascoal
Classificação etária / Livre

11/04 domingo – O MÁGICO DE OZ – 16h
Categoria / Espetáculo Infantil
Planeta dos Sonhos Produções Culturais
Texto/L. Frank Baum
Direção/Mônica Cibele
Classificação etária / Livre

16/04 sexta-feira VELÓRIO À BRASILEIRA – 20h
Categoria / Espetáculo Adulto
MAKTUB Produções
Texto/Aziz Bajur
Direção/Maria Alves
Classificação etária / 14 anos

17/04 sábado – VELÓRIO À BRASILEIRA – 20h
Categoria / Espetáculo Adulto
MAKTUB Produções
Texto/Aziz Bajur
Direção/Maria Alves
Classificação etária /
14 anos

18/04 domingo – AMARELINHA – 16h
Categoria / Espetáculo Infantil
Parangolé Produções Culturais
Texto/ Demóstenes Félix
Direção/Gabriel Sá
Classificação etária / Livre

23/04 sexta-feira – SOLTEIRA, CASADA, VIÚVA, DIVORCIADA – 20h
Categoria / Espetáculo Adulto
Môlins Produções
Texto/ Arthur Nunes - Regiana Antonini - Noemi Marinho e Maria Adelaide Amaral
Direção/Aluízio Guimarães
Classificação etária / 14 anos

24/04 sábado – A BOTIJA – 20h
Categoria / Espetáculo Adulto
Cia. Olhares de Teatro
Texto e direção/Benício Júnior
Classificação etária / Livre

25/04 domingo – A CANÇÃO DE ASSIS – 16h
Categoria / Espetáculo Infantil
Grpo de Teatro Cena Aberta
Texto/Júlio Fischer
Direção/Moisés Gonçalves
Classificação etária / Livre

30/04 sexta-feira – DEUS DANADO – 20h
Categoria / Espetáculo Adulto
Grupo de Teatro Arte-em-Cena
Texto/João Denys
Direção/Nildo Garbo
Classificação etária / 14 anos

01/05 sábado – BARRELA – 20h
Categoria / Espetáculo Adulto
Trupe As Crias de Mãe Júlia
Texto/Plínio Marcos
Direção/Moisés Gonçalves
Classificação etária / 16 anos

02/05 domingo – AUTO DAS 7 LUAS DE BARRO – 20h
Categoria / Espetáculo Adulto
Cia. Feira de Teatro Popular de Caruaru
Texto e direção/Vital Santos
Classificação etária / Livre

INVESTIMENTO
Inteira / R$ 10,00
Meia entrada / R$ 5,00 (comerciário/dependente, estudante, professor, artista, idoso)

O Sesc Caruaru fica na Rua Rui Limeira Rosal, s/n, Petrópolis – Caruaru.
Mais informações:
(81) 3721 3967
culturasesccaruaru@gmail.com
Alex Deplex - Assistente de Cultura Local
SESC CARUARU

quinta-feira, 25 de março de 2010

MOSTRA JODOROWSKY DE CINEMA


De 24 a 27 de março de 2010, sempre às 19h30min, será exibida a Mostra Jodorowsky de Cinema, realizada no Teatro Rui Limeira Rosal, no Sesc Caruaru.

24/03/2010 – A GRAVATA – 19:30
La Cravate ( França 1957 )
Direção/Alejandro Jodorowsky
Roteiro/Jean Cocteau e Alejandro Jodorowsky
Produção/Dense Brosseau e Saul Gilbert
Elenco/Raymond Devos, Marthe Mercure Jean-Marie Proslier
Duração/21 minutos
Classificação Etária/ LIVRE

Em 1957, Jodorowsky fez suas primeiras experiências no mundo das imagens em movimento filmando em Paris uma versão muda de um conto de Thomas Mann, sobre uma garota que vende cabeças. O filme, considerado perdido, foi recentemente encontrado na Alemanha. “Não tinha experiência nenhuma quando filmei La Cravate (...)” disse Jodorowisky, “mas nela se pode apreciar que eu já era diretor. Um artista precisa ser como Jean Cocteau... esquizofrênico. Necessita ser muitas pessoas ao mesmo tempo, não apenas uma”.



25/03/2010 – FANDO E LIS – 19:30
Fando y Lis ( México 1968 )
Direção/Alejandro Jodorowsky
Roteiro/Fernando Arrabal e Alejandro Jodorowsky
Produção/Juan López Moctezuma e Roberto Viskin
Elenco/Sergio Klainer, Diana Mariscal, María Teresa Rivas
Duração/93 minutos
Classificação Etária/18 ANOS

A principio concebido como uma livre adaptação de uma performace-art escrita por Fernado Arrabal, este filme é um mostruário de personagens perdidos que transitam lastimosamente por labirintos caminhos de incomunicabilidade. Poesia Lírica e imagens de beleza magnética são as constantes de uma história sobre o não-amor da humanidade, que se oculta mascarado atrás dos vincos doentios da hipocrisia, da aparência e da simulação. Impregnado pela semente do movimento Pânico funadado em 1962 por Alejandro Jodorowsky, Fernando Arrabal e Roland Topor.

Banido no México, a carreira única de Alejandro Jodorowsky começa com esta bizarra história de inocência corrompida, amor sadomasoquista e paraíso intangível. Criada a partir de memórias dispersas de uma peça de Fernando Arrabal, a alucinação sublime de Alejandro mostra o impotente Fando e sua namorada paralítica em busca da cidade encantada de Tar, onde o êxtase espiritual reside. A incrível viagem leva o casal ao caos urbano, desertos escaldantes, montanhas traiçoeiras; suas próprias lembranças de tudo que há de mais característico na obra autoral, provocativa e incendiária de Jodorowsky no início de carreira.


26/03/2010 – EL TOPO – 19:30
El Topo ( México 1970 )
Direção e roteiro/Alejandro Jodorowsky
Produção/Juan López Moctezuma, Moshe Rosemberg e Roberto Viskin
Elenco/Alejandro Jodorowsky, Brontis Jodorowsky, Afonso Arau, Mara Lorenzio
Duração/124 minutos
Classificação Etária/18 ANOS

Envolto numa roupagem alegórica e repleto de cifrados simbolismos, o filme narra as andanças de um pistoleiro místico (EL TOPO), interpretado pelo próprio Alejandro Jodorowsky, através do deserto do distante Oeste, numa epopéia surrealista na qual se superará em duelos para conseguir atribuir-se o êxito de ser a pistola mais rápida do Oeste. Um encontro cósmico profundamente influenciado pelas “obras pânicas”, este filme significou o tiro de saída do circuito alternativo das Sessões Malditas propulsado pelo distribuidor Bem Barenholtz.



27/03/2010 – A MONTANHA SAGRADA – 19:30
The Holy Moutain ( México 1973 )
Direção e roteiro/Alejandro Jodorowsky
Produção/Alejandro Jodorowsky, Allen Klein, Robert Taicher e Roberto Viskin
Elenco/Alejandro Jodorowsky, Horacio Salinas, Zamira Saunders, Juan Ferrara
Duração/113 minutos
Classificação Etária/16 ANOS

Jodorowsky interpreta o papel do “alquimista”, que reúne um grupo de pessoas que representam os planetas do Sistema Solar. Sua intenção é submeter o grupo a uma série de ritos da natureza mística para que se desprendam de sua bagagem “mundana” antes de embarcar numa viagem em direção à misteriosa Ilha de Loto. Uma vez na ínsula iniciam a ascensão à Montanha Sagrada para substituir os deuses imortais que em segredo dominam o mundo. Nunca ninguém tinha visto nada igual até a data do lançamento deste filme. Foi a grande obra ovacionada no Festival de Cannes em 1973.


O acesso às sessões é GRATUITO.

O Sesc Caruaru fica na Rua Rui Limeira Rosal, s/n, Petrópolis – Caruaru.

Mais informações:
(81) 3721 3967
culturasesccaruaru@gmail.com
Alex Deplex - Cultura
SESC CARUARU

ALEJANDRO JODOROWSKY

Jodorowsky iniciou a carreira no cinema incompreendido pelo público. Era 1968, exibição de Fando e Lis no festival de Acapulco no México. O diretor teve de sair do teatro pela porta dos fundos. Já o segundo longa-metragem, lançado timidamente numa madrugada de 1970, no EUA, ganhou enorme repercussão, devido à admiração expressa de John Lennon e Yoko Ono, que assistiram incidentalmente à película. El Topo obteve assim bilheteria expressiva e ficou marcado como o primeiro “midnight movie”, mudando para sempre a estratégia de promoção dos filmes underground.

Cineasta, dramaturgo, literato, ensaísta, tarólogo especialista em psicomagia, Jodorowsky é fundador do Teatro Pânico com os surrealistas espanhóis Arrabal e Topor. É também reconhecido como grande autor de historias em quadrinhos, e considerado um dos precursores da arte multimídia. Ícone da arte contemporânea é um artista típico da contracultura européia dos anos 60/70. No entanto, devido a anos de litígio entre o cineasta e seu produtor, há até pouco tempo o público não tinha acesso a sua obra, a não ser por exibições clandestinas ocasionais. Em 2006 os filmes Fando e Lis e El Topo foram exibidos em Cannes, após restaurações. No Brasil, a cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro fez raras exibições. Mas, em 2007, quando o Centro Cultural Banco do Brasil realizou o festival em sua homenagem, apresentado seus sete filmes, mais pessoas puderam conhecê-lo. Na ocasião foi criado este catálogo, agora reeditado em parceria do SESC com o CCBB, com o propósito de ampliar a visão acerca da arte do cineasta.

Além de sinopses de películas do artista, esta publicação apresenta resumos de documentários afins com o universo jodorowskyano, com artigos, depoimentos, entrevistas e um texto do próprio diretor. A Mostra Jodorowsky promovida pelo SESC exibe seus quatro primeiros trabalhos: o curta-metragem Le Cravate (1957), e os longas -metragens Fando e Lis (1968), El Topo (1970) e A Montanha Sagrada (1973), circulando por 22 estados, através do CineSESC.

Serviço Social do Comércio



O mago multimídia

Alejandro Jodorowsky é um dos artistas precursores do que hoje se conhece como “multimídia”: um homem de inúmeras facetas que desafia e extrapola todos os limites do espiritual na arte.

Diretor de cinema e teatro, ator, produtor, compositor, escritor, autor teatral, filósofo, humorista, especialista em tarô e reconhecido mestre dos quadrinhos; enfim, um personagem errante em busca da “iluminação terrestre”. Antes de tudo, Jodorowsky é um fabulador visionário e encenador original, um criador de imagens poderosas e perturbadoras que sedimentam a iconografia latino-americana. Polêmico, anarco-alquimista, acusado invariavelmente de farsante e visto com desconfiança por parte da crítica especializada, Alejandro “não se leva a sério” e, exalando ironia, segue exercendo inegável influência na produção residual de vanguarda. Autor de um conjunto de seis longas-metragens e alguns curtas construiu uma obra desconcertante que continua atraindo um séquito de admiradores em torno da magia de seu cinema. Até a indústria hollywoodiana se rendeu aos seus encantos. Superproduções como Alien, Blade runner e Guerra nas Estrelas, se “apropriaram” - segundo o próprio diretor - de conceitos-chave do seu repertório. Cineastas contemporâneos de prestigio, como David Cronenberg, os irmãos Coen e David Lynch lhe são tributários confessos.

Filho de Fellini com Artaud, Jodorowsky é descendente de imigrantes russos e traz na raiz de sobrenome (conforme indicação em seu site) “olhos de ouro”. Nascido no Chile, em 1929, viveu também no México por vários anos e na França, onde reside até hoje e faz suas sessões de tarô às quartas-feiras, num café parisiense.

Desde cedo teve fascínio pelo absurdo e quis “salvar” o surrealismo de preceitos que não aceitava como o desprezo pela cultura popular. Flertou com Buñuel e após encontros com André Breton, escritor e principal teórico do movimento, passou a investir mais na potencialidade onírica da linguagem.

No teatro, dirigiu peças de autores como Beckett, Ionesco e Strindberg. Aos 17 anos, foi a Paris para ser aluno e assistente do mímico Francês Marcel Marceau. Lá conheceu o ator e teatrólogo espanhol Fernando Arrabal, e do encontro resultou o Movimento Pânico, que reuniu também Roland Topor. O nome fazia alusão ao deus Pan que se manifesta, segundo Jodorowsky, por meio de três elementos básicos: terror, humor e simultaneidade. “É uma busca intensa para transcender a sociedade aristotélica e deixar um legado que impulsione a humanidade a uma nova perspectiva”, sustenta o idealizador. Em 1968 dirige seu primeiro filme, fruto deste movimento Fando e Lis, uma historia de amor surreal adaptada de uma peça de teatro de Arrabal, que foi seu corroteirista. Todavia, como rito de iniciação no cinema, realizou em 1957, o ensaio do curta-metragem A gravata, baseado em texto de Thomas Mann. Em 1970 roda El Topo no México, um faroeste metafísico que causou furor na cena underground, se tornando um verdadeiro cult, inaugurando as sessões à meia-noite, o filme entrou em cartaz numa pequena sala em nova York, freqüentada pelo Grupo Fluxus, e siderou Yoko Ono e seu marido-Beatle, John Lenonn - que decidiu comprar os direitos de distribuição da película para todo os Estados Unidos, além de investir US$ 1 milhão na próxima aventura cinematográfica do realizador latino: A Montanha Sagrada (1973), obra sobre a busca alquímica da imortalidade. Condenado ao limbo durante anos, o filme voltou à tona mais tarde pela “descoberta” do cantor pop Marilyn Manson, que utilizou fragmentos da Montanha em seu vídeo The Dop Show (1988) e aderiu, inclusive, aos princípios da Psicomagia.

Dois anos depois em 1975, jodorowsky inicia um empreendimento monumental: a adaptação cinematográfica de Duna, a já clássica obra de Frank Herbert, para qual convocou como parceiros alguns dos maiores mestres do fantástico: Jean “Moebius” Giraud, HR Giger. Cris Foss e Dan O´Bannon. O elenco desta mega produção incluiria personalidades como Salvador Dali, Gloria Swanson, Orson Welles, Charlotte Rampling, Mick Jagger e David Carradine. A trilha sonora seria composta pelo Pink Floyd. O filme deveria ter dezesseis horas para poder “mostrar o processo e a iluminação de um herói, de um povo e de todo um planeta.” Chegou a iniciar a pré-produção, mas os produtores americanos se retiraram do projeto quando perceberam o “tamanho da encrenca” e o filme se transformou no “mais aguardado filme nunca realizado”. David Lynch acabou filmando Duna em 1984. Outro projeto ainda não concretizado por problemas de produção é Os filhos de El topo. Neste filme, contrariando os produtores que sempre exigiram atores famosos no elenco, Jodorowsky insiste em escalar seus dois filhos como protagonistas.

A trama transcorre depois do apocalipse nuclear, quando toda a terra se torna um deserto, exceto a ilha onde o corpo de El Topo foi cremado. Os filhos de El Topo, Caim e Abel, foram separados pelo pai quando pequenos porque ele temia que Caim pudesse matar Abel. Com a morte da mãe de ambos, eles se juntam para cremar o corpo dela junto ao pai. A partir daí seus destinos deverão se cumprir. Desencantado com Duna, o cineasta volta em 1979 dirigindo o renegado Tusk, que através da historia singela de um elefante revisita a tradição espiritual indiana. Em 1989, com Santa Sangre, ambientado no México, produzido por Claudio Argento e interpretado pelos filhos de Jodorowsky, Adel e Axel, retorna ao universo surreal e faz grande sucesso entre os cinéfilos. Em 1990, O ladrão do arco-íris, com Peter O´Toole, Omar Sharif e Cristopher Lee, evidencia a sua paixão pelas cartas adivinhatórias, o Tarô.

Os estudos místicos de Jodorowsky o transformaram numa referência internacional, sobretudo a partir da reconstrução do Tarô de Marselha em 1998, juntamente com o mestre das cartas Philippe Camoin. Eles restauram as cores e os símbolos originais das cartas e mergulham numa investigação que conduz à descoberta de segredos “escondidos” há séculos. Uma verdadeira revolução na historia desta prática milenar. O cineasta amplifica, desde então, sua militância mística e passa a fazer rituais de “cura” em lugares públicos e consultas on-line, notabilizando a Psicomagia como alternativa terapêutica, visando “sanar os bloqueios materiais-corporais, sexuais, emocionais e intelectuais que impedem o individuo de cumprir seu destino na vida”. Uma espécie de auto-ajuda “politizada”, como pratica da mesma forma o teatrólogo Plínio Marcos, no final da vida.

A sua trajetória nos quadrinhos traz historias que marcaram época. A saga futurista Aníbal 5, de 1966, seu primeiro trabalho na modalidade, é uma serie que mostra um universo inovador,entre o fantástico e a ficção cientifica, povoado por estranhas criaturas. Fábulas pânicas, por sua vez, vem a seguir e revela o caráter mais espiritual e filosófico da obra do autor. Nesse trabalho de 1967, em que é desenhista, argumentista e colorista, Jodorowsky se coloca como personagem e tem conversas e troca de impressões com um “Mestre” quase-divino. Porém, foi somente em 1980, com o ciclo As Aventuras de John Difool (Incal), feito em parceria com o mito dos quadrinhos Moebus que ele alcança a devida notoriedade, revolucionando a abordagem da ficção cientifica, Incal volumes 1 e 2 e , mais recentemente, a saga da família Bórgia, foram editados no Brasil. Caracterizadas por um profundo misticismo e por tramas subjetivas e complexas, todas essas narrativas inauguram uma espécie de quadrinho new age. Para ele, “quadrinhos são uma forma de arte. Qualquer arte oferece infinitas maneiras de se expressar. Não existem artes idiotas e sim artistas idiotas”.

Na literatura, destaque para Quando Teresa brigou com Deus, inspirado numa frase de outro artista multimídia, o “papa do surrealismo”, Jean Cocteau: “Cada pássaro canta melhor na sua árvore genealógica.” Este livro também foi editado no Brasil. A literatura de Jodorowsky é um ato de transformação onde se sobressai o realismo mágico, num cruzamento de realidade histórica, através da qual são veiculadas as aspirações políticas e sociais de um povo, e o universo do autor, que transmite a ancestralidade da cultura desse povo; o mito, “registro enfabulado e visceral tão envergonhado do que aconteceu no dia anterior como esperançoso por uma nova madrugada, e que dificilmente se encontra noutras culturas em que a transmissão vertical de tradições entre avós e netos não tem raízes”.

Com a vinda de Jodorowsky pela primeira vez ao Brasil, a Mostra - além de homenagear um grande artista - proporciona o acesso a uma obra praticamente inédita no país, conhecida apenas por apresentações esporádicas no Festival do Rio e sessões malditas para o publico seleto de cinéfilos. Finalmente, sua filmografia completa será apresentada no Rio, em São Paulo e em Brasília como originalmente foi concebida em bitola 35 mm e inteiramente legendada. Por conflito com os produtores, a obra de Jodorowsky circulava com cópias feitas há 30 anos. Reconciliados diretor e produtor, os filmes foram restaurados e uma caixa com Dvds remasterizados já foi distribuída no mercado europeu e americano.

Na lista de atrações inéditas, destaca-se A gravata (1957), primeiro curta-metragem do diretor, que foi roteirizado por Jean Cocteau e dado como perdido. Sua matriz foi encontrada recentemente na Alemanha e a partir dela foi feita a cópia que o público da mostra poderá assistir. Outro destaque é O Ladrão do arco-íris (1990), o ultimo filme dirigido por jodorowsky, uma produção inglesa inédita no Brasil.

Ao programar os seus filmes e expor amplamente os “signos do pânico” que iluminam o nosso imaginário arquemítico, o CCBB reativa um diálogo intercontinental que foi interditado pela tragédia político-economica que se abateu na América Latina no final dos anos 60. É fundamental se ouvir a vez e conhecer a imagem do artista enigmático Alejandro Jodorowsky, um sopro de inquietação e insanidade muito bem-vindo à praia audiovisual brasileira.

Salve Julio César de Miranda (pelas pérolas de Polytheama)! Evoé Carlão Reichenbach, mestre incentivador e iniciador do Jodô (“Sessão Comodoro”) pela decisiva alquimia! E, finalmente em memória do autor-cura-dor Roberto Ronchezel, um dos idealizadores do Festival Jodorowsky, vamos brindar a ansiada presença entre nós do mago-multimídia que atravessou todas as fronteiras da arte!

sexta-feira, 12 de março de 2010

ESPETÁCULO “CONCERTO DE ISPINHO E FULÔ” - SESC CARUARU

ESPETÁCULO “CONCERTO DE ISPINHO E FULÔ” ENCENA O UNIVERSO DO POETA PATATIVA DO ASSARÉ NO CEARÁ E PERNAMBUCO.

Com direção de Rogério Tarifa, a Cia. do Tijolo reúne artistas de três importantes grupos de teatro da cidade de São Paulo e apresenta em cidades do Ceará e Pernambuco seu primeiro espetáculo, “Concerto de Ispinho e Fulô”, inspirado na vida e na obra do poeta Patativa do Assaré.
*Vencedor do Prêmio CPT 2009 de Melhor Projeto Sonoro
*Duas Indicações ao Prêmio Shell 2009
(Categoria Especial pela pesquisa e montagem do espetáculo e Direção Musical)
*Indicado ao Prêmio CPT 2009 de Melhor espetáculo em espaço não-convencional

A „Rádio Caldeirão, conexão São Paulo/Assaré‟, inicia sua homenagem ao poeta Patativa do Assaré e ao Sítio Caldeirão de Santa Cruz dos Desertos. No centro do palco, o poeta Patativa nasce dos escombros do Sítio Caldeirão. Uma companhia de teatro vinda de São Paulo faz uma viagem no tempo e chega ao Cariri com o objetivo de entrevistar Antônio Gonçalves da Silva, o Poeta. À medida em que Patativa engendra seus versos, desfilam diante dos olhos do público as dores da seca, os animados bailes de sua gente, a receptividade do sertanejo, a graça de suas histórias, seus desejos e suas inquietações, suas esperanças e desilusões. O que seria uma entrevista costumeira, se transforma em um grande passeio, um verdadeiro encontro entre seres humanos e entre dois mundos tão próximos e ao mesmo tempo tão distantes: São Paulo-Assaré/Brasil.

“Concerto de Ispinho e Fulô”, espetáculo brotado da vida e da obra do poeta Patativa do Assaré, sob a ótica das concepções do educador Paulo Freire acerca da formação do sujeito consciente, traz à tona a sua incansável e constante luta pelos direitos igualitários entre os homens, a exaltação à natureza e a sua adorada terra, a irreverência poética. É um espetáculo envolvente e emocionante, no qual os espectadores participam como se estivessem no quintal da casa do Poeta, tomando café, dando seus depoimentos, iluminando a cena e cantando.

Contemplado pelo Concurso de Apoio a Projetos de Produção de Espetáculo Inédito da Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Estado de São Paulo através do Programa de Ação Cultural 2008, e agora em turnê pelo Nordeste com apoio do Governo Federal (FUNARTE), do SESC Ceará, do SESC Pernambuco e da Fundação de Cultura e Turismo de Caruaru, esse é o primeiro espetáculo teatral da recém-formada Cia. do Tijolo. Essa jovem companhia reúne artistas de três importantes companhias de teatro de São Paulo, como os atores Dinho Lima Flor e Fabiana Vasconcelos Barbosa, ex-integrantes da Casa Laboratório para as Artes do Teatro; Rodrigo Mercadante e Karen Menatti, atores do Teatro Ventoforte; e o diretor Rogério Tarifa, integrante da Cia. São Jorge de Variedades, na qual dirigiu a peça O Santo Guerreiro e o Herói Desajustado, ganhador do prêmio Shell de melhor figurino 2008, criação da figurinista Silvana Marcondes, que assina o figurino de “Concerto de Ispinho e Fulô”. O desenho de luz é do iluminador Fábio Retti, também ganhador do prêmio Shell de Iluminação, em 2007, por seu trabalho em O Homem Provisório.

A música tem presença marcante em “Concerto de Ispinho e Fulô”. Executada ao vivo por um violão, uma viola, um acordeom e percussão, ela remete a musicalidade dos poemas de Patativa. A escolha das músicas foi cuidadosamente feita com base numa pesquisa sobre as sonoridades do sertão e nas cantigas cantadas há muitas gerações pelo povo. Passa por compositores como Luiz Gonzaga, Nelson Cavaquinho e Adoniran Barbosa, entre outros, além de composições inéditas de Jonathan Silva.

“Concerto de Ispinho e Fulô” é mais que contar causos com a graça própria dos poemas de Patativa. É também apresentar para o público que não conhece esse grande poeta a sua causa humanista e universal, o seu lirismo incomum, a sua capacidade de expressão no campo musical e, sobretudo, a perspicácia de quem vive as peculiares circunstâncias do seu sertão, interpretando como poucos os sentimentos de sua gente.

Não se trata, no entanto, de um espetáculo biográfico. É, antes de mais nada, uma apologia à vida elevada ao estado de poesia pura, ao poder da poesia que tem como linha mestra a comunicação direta e pungente; é também uma reflexão sobre a identidade sertaneja em contraste com o estilo de vida nas grandes cidades.
Sobre Patativa do Assaré

De Antônio Gonçalves da Silva a Patativa do Assaré. Do homem ao Poeta.
“Sou brasileiro filho do nordeste. Sou cabra da peste, sou do Ceará”.
Qual caminho percorre um homem semi-analfabeto com todo um mundo contra si, até atingir a poesia? Gênio, genética, sorte, estado de graça? Pode essa trajetória ética/estética, sendo destrinchada, interessar a nós, habitantes das grandes cidades do século 21? A Cia. Do Tijolo acredita que sim. E aí está a razão de seu trabalho, e nessas perguntas, os motores primeiros de sua pesquisa.

As penas acinzentadas, as asas e cauda pretas da patativa, pássaro cantador que habita o Nordeste brasileiro, batizaram o poeta Antônio Gonçalves da Silva, conhecido como Patativa do Assaré, quem complentaria 100 anos em 2009. Filho de agricultores, Patativa nasceu no dia 5 de março de 1909, em Serra de Santana. Poeta autodidata com apenas seis meses de estudo formal, Patativa ganhou projeção em todo o Brasil nos anos 50 por ocasião da regravação de "Triste Partida", toada de retirante gravada por Luiz Gonzaga.

Desde cedo, o menino Antônio Gonçalves da Silva teve que se dedicar a roça, espaço síntese de labor e criação, onde natureza e cultura dialogavam e se ofereciam como seu laboratório. Ainda criança, começou a perder a visão, vítima de uma doença chamada por ele de “mal dos olhos”. Ainda assim, curioso de tudo o que havia em volta e além, o pequeno Patativa ensaiava seus vôos versejando enquanto carpia. A idade adulta chegou com o mesmo cenário com as mesmas dificuldades, porém com vôos mais altos: poesia difundida em livros, em discos, em filmes e objeto de análise em universidades e uma legião cada vez maior de admiradores e fãs. Sua poesia denunciou e denuncia as injustiças sociais, que somadas ao clima pouco favorável do sertão, fazem a tragédia cotidiana do povo sertanejo. Mas o Poeta também falou do amor, do vício, contou histórias, tratou enfim da experiência humana. Faleceu no ano de 2002 em Assaré.

A vida e a obra de Patativa vêm despertando cada vez mais o interesse de pesquisadores, com publicações de antologias, estudos críticos e produções audiovisuais. Poeta itinerante, criador de imagens definitivas, como “Brasil de Cima e Brasil de Baixo”, pioneiro na luta pela Reforma Agrária no país. Sobre sua obra, convencionou-se afirmar que “o que faz a força e o sabor da poesia de Patativa é, sem dúvida, o vínculo indestrutível entre o poeta, o sertão e o público”. Por isso, esse espetáculo busca trazer à tona, através de seus versos, a dramaticidade pungente da lira e da vida pessoal do Trovador do Assaré, seus elementos musicais, e a atmosfera do sertão.

Patativa, poeta humanista, homem simples e profundo. Através de suas trovas transmuta em arte o sofrimento de um povo. Cantar e contar sua poesia e suas histórias é proporcionar aos espectadores a oportunidade de reviver sua própria história através de um resgate musical, sonoro e poético. Em um Brasil que ainda tem suas raízes fincadas no jeito simples de se viver, na generosidade interiorana de se receber um estranho, na religiosidade e no silêncio para entender tanto as vozes dos pássaros como as vozes Deus, a poesia de Patativa é uma travessia do regional para o universal, tocando cada espectador por sua graça e por sua pungência.
Sobre a Cia. do Tijolo

Patativa, Paulo Freire, e a Cia. do Tijolo
Por Rodrigo Mercadante

A idéia de fundar a Cia. Do Tijolo surgiu do desejo de Dinho Lima Flor de criar um trabalho sobre a vida e a obra do poeta Patativa do Assaré. Juntaram-se a ele Fabiana Vasconcelos Barbosa e Rodrigo Mercadante. De um primeiro contato com seus poemas, nasceu o show “Cante Lá que eu Canto Cá”, uma espécie de sarau literário e musical. Mas não foi o bastante. Na medida em que se aprofundavam na obra do poeta, perceberam que o Show não era o suficiente para abarcar a complexidade da obra, e principalmente, não revelava ao público a singularidade da trajetória de vida desse agricultor, poeta e cantador.

Foi a partir desse desejo de mergulhar a fundo na vida e na obra do Poeta que formou-se um grupo de pessoas interessadas em descobrir qual seria a melhor forma de levar Patativa aos palcos. Era preciso que se encontrasse um ponto de vista, um ponto de partida para poder LER Patativa e encará-lo sem se perder na infinidade de assuntos dos quais ele trata ou sem cair na tentação de simplesmente dramatizar sua biografia.

A luz veio em uma conversa entre Rodrigo Mercadante, o diretor Ilo Krugli e a educadora Rita Roseno, em Theotônio Villela, cidade com um baixíssimo índice de desenvolvimento humano localizada no interior de Alagoas. De uma conversa sobre o fato de o Brasil possuir um dos maiores índices de analfabetismo funcional do mundo, veio o assombro com a contradição desse fato acontecer no país onde o grande educador Paulo Freire desenvolveu sua pedagogia do oprimido. A Pedagogia do Oprimido consiste em partir da realidade do alfabetizando, do valor pragmático das coisas, de suas situações existenciais, para fazê-lo alçar vôo em direção ao entendimento de seu lugar, enquanto sujeito da história.

A conexão se fez imediatamente. Patativa foi um homem que estudou só seis meses e desenvolveu extraordinariamente em si as possibilidades poéticas, práticas, reflexivas no manejo da língua. Qual caminho percorreu Antônio Gonçalves da Silva até alçar vôo e chegar à Patativa? Talvez as concepções de Paulo Freire sobre o conhecimento e sobre o ser humano nos desse um norte para a leitura e análise da obra do mestre cearense.

E é aí que se explica o nome do grupo Cia. Do Tijolo. O primeiro passo no processo de alfabetização do método criado por Paulo Freire é o levantamento do universo vocabular dos grupos com que se trabalha; são palavras ligadas às experiências existenciais, profissionais e políticas dos participantes dos diferentes grupos. Foi assim que em Brasília, cidade ainda em construção nos anos 60, surgiu entre os estudantes de Paulo Freire a palavra TIJOLO.

Para essa aventura de criar um trabalho conjunto, vieram Rogério Tarifa, Karen Menatti, Aloísio Oliver, Maurício Damasceno, Jonathan Silva e Thais Pimpão. Com eles, as histórias pessoais e profissionais de cada um. Vieram as experiências com Ventoforte, Casa Laboratório para as Artes do Teatro e Cia. São Jorge. Vieram Tacaimbó, Belo Horizonte, Maringá, Vitória e São Paulo. E hoje, a Cia. do Tijolo vive a aventura de construir o que é a Cia. Do Tijolo. Por enquanto a Cia. do Tijolo é um recém-nascido que tateia e deseja. Tijolo é sua palavra geradora, seu princípio de orientação na construção do “Concerto de Ispinho e Fulô”.
Para Roteiro:
CONCERTO DE ISPINHO E FULÔ

Dramaturgia: Cia. do Tijolo a partir da vida e da obra do poeta Patativa do Assaré.

“Concerto de Ispinho e Fulô”, espetáculo teatral brotado da vida e da obra do poeta Patativa do Assaré sob a ótica das concepções do educador Paulo Freire. A montagem traz à tona a incansável e constante luta de Patativa pelos direitos igualitários entre os homens, a exaltação à natureza e a sua adorada terra e sua irreverência poética. Busca também as relações possíveis entre dois mundos aparentemente distantes: a megalópole São Paulo e o Sertão, o erudito e o popular, o urbano e o rural. Indicado ao Prêmio Shell 2009 (Direção Musical e Categoria especial, pela pesquisa e montagem do espetáculo) e ao Prêmio CPT 2009 (Projeto Sonoro e Melhor espetáculo em espaço não-convencional). Com a Cia. do Tijolo. Direção: Rogério Tarifa – Elenco: Dinho Lima Flor, Lilian de Lima/Fabiana Vasconcelos Barbosa, Karen Menatti, Rodrigo Mercadante e Thais Pimpão - Músicos: Aloísio Oliver, William Guedes/Jonathan Silva, Maurício Damasceno - Direção Musical: William Guedes - Figurino: Silvana Marcondes - Desenho de Luz: Fábio Retti - Composições: Jonathan Silva e Dinho Lima Flor - Produção: Elisa Dutra.
Duração: 120 minutos. Espetáculo recomendável para maiores de 14 anos.


Contato Produção:
Elisa Dutra
elisa.dutra@gmail.com
88 9980-3132 /11 9453-2048 /11 7577-8700
DATA: 20/03/2010 (SÁBADO)
LOCAL: TEATRO RUI LIMEIRA ROSAL (SESC CARUARU)
INVESTIMENTO:
Inteira / R$ 10,00
Meia entrada / R$ 5,00 (comerciário/dependente, estudante, professor, artista, idoso)

O Sesc Caruaru fica na Rua Rui Limeira Rosal, s/n, Petrópolis – Caruaru.

Mais informações:
(81) 3721 3967
culturasesccaruaru@gmail.com
Alex Deplex - Cultura
SESC CARUARU

quarta-feira, 10 de março de 2010

MOSTRA DO CINEMA FRANCÊS CONTEMPORÂNEO

De 16 a 19 de março de 2010, sempre às 19h30min, será exibida a Mostra do Cinema Francês Contemporâneo, realizada no Teatro Rui Limeira Rosal, no Sesc Caruaru.

16/03/2010 – A ESQUIVA – 19:30
L’esquive (2003) aúdio em francês/legendas em português
De Abdellatif Kechiche – Comédia Dramática – Duração 117’
Com Osman Elkharraz, Sara Forestier, Sabrina Ouazani, Nanou Benahmou, Hafet Bem-Ahmed, Aurélie Ganito.
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: 16 ANOS

Em um conjunto habitacional no subúrbio parisiense , um anjo passa declamando apaixonadamente versos da peça Lê jeu de l’amour et du hasard. É Lydia, embalada por Marivaux e às voltas com os ensaios do espetáculo a ser montado por sua turma de sala de aula para as festividades da escola. Já Abdelkrim, apelidado de “Krimo”, no auge dos seus 15 anos, é arriado pela sua colega de sala. Ele, que se arrasta levando seu tédio pelas quebradas suburbanas em companhia de sua galera, descobre repentinamente o amor. Mas Krimo não é do gênero expansivo, além de ter que manter a fachada. Então como se declarar à garota sem perder a pose? Uma solução se impõe: corromper seu amigo Rachid, parceiro de cena com Lydia, para obter o papel de Arlequim. O que Krimo não ousa dizer, Marivaux o fará em seu lugar! Mas a astuciosa manobra torna-se verdadeira odisséia para Krimo, apavorado com a amplitude do texto e as exigências implacáveis de sua professora de francês. Krimo encontrará as palavras a serem ditas antes que o boato, as ciumeiras e as inimizades metam-se em seu caminho?


17/03/2010 – ATÉ JÁ – 19:30
A tout de suite (2004) - aúdio em francês/legendas em português
De Benoit Jacquot –Drama – Duração 95’
Com Isild Lê Besco, Nicolas Duvauchelle, Ouassini Embarek.
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: 16 ANOS

Ao desligar o telefone depois de um “até já” do namorado, ela sabe muito bem sem saber ainda aquilo que ela nem imaginava: aquele que ela ama, aquele “príncipe” de parte alguma é um bandido. Ele acaba de cometer um assalto, há mortos. Estamos nos anos 70, ela tem 19 anos e, como num sonho acordado, salta do espaço restrito do apartamento paterno – de longos corredores, num belo bairro – e mergulha de cabeça numa geografia fugitiva – da Espanha para o Marrocos e para a Grécia –, passando de uma vida de garota normal para a vida que ela escolheu, com suas delícias e conseqüências.


18/03/2010 – A FRANÇA – 19:30
La France (2007) - aúdio em francês/legendas em português
De Sergen Bozon –Drama – Duração 102’
Com Sylvie Testud, Pascal Greggory, Gullaume Verdier, Jean-Cristopher Bouvet, Guillaume Depardieu, Benjamin Esdraffo, Fraçois Négret, Laurent Talon.
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: 16 ANOS

No outono de 1917, a guerra prossegue. A milhas de distância do campo de batalha, a jovem Camille leva uma vida marcada pelas notícias que seu marido manda do front. Um dia ela recebe uma carta em que ele termina com o casamento. Desnorteada e determinada a continuar a qualquer custo, Camille decide se disfarçar de homem para encontrá-lo. Ela segue direto ao front de guerra, cortando caminho pelos campos para evitar as autoridades. Numa floresta, passa por um pequeno grupo de soldados que não suspeita de sua identidade. Ela os segue e assim embarca numa vida e, conforme os dias e as noites passam, descobre o que nunca poderia imaginar, o que seu marido nunca lhe contou e que seus novos companheiros irão evitar lhe mostrar: a verdadeira França.



19/03/2010 – O ÚLTIMO DOS LOUCOS – 19:30
Le dernier des fous (2006) - aúdio em francês/legendas em português
De Laurent Achard – Drama – Duração 96’
Com Julien CCochelin, Pascal Cervo, Annie Cordy, Fettouma Bouamari, Dominique Reymond, Jean-Yves Chatelais.
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: 16 ANOS

É verão e começo das férias. Martin tem onze anos, vive na fazenda de seus pais e observa, desamparado, a desunião de sua família: sua mãe vive enfurnada em seu quarto, seu irmão mais velho, que ele adora, se afoga no álcool, e seu pai é dominado pela avó. O menino assite a um desastre familiar. Mas Mistigri, seu gato, e Malika, uma amiga marroquina, procuram reconfortá-lo de alguma forma...




O acesso às sessões é GRATUITO.

O Sesc Caruaru fica na Rua Rui Limeira Rosal, s/n, Petrópolis – Caruaru.

Mais informações:
(81) 3721 3967
Culturaiarte.blogspot.com
culturasesccaruaru@gmail.com
Alex Deplex - Cultura
SESC CARUARU